Todas as pesquisas confirmam: Adriane que fez dupla com Marquinhos
Para avançar ao segundo turno e manter vivas as esperanças de ser reeleita, a prefeita Adriane Lopes (PP) precisa operar uma façanha mágica e improvável, diante de uma poderosa barreira: a rejeição do eleitorado. As pesquisas que foram realizadas até agora indicam, por unanimidade, que ela carrega a maior rejeição entre as candidaturas majoritárias de Campo Grande.
É necessário frisar que esta rejeição a Adriane inclui também o olhar desaprovador dos campograndenses a uma gestão que teve como primeiro protagonista o ex-prefeito Marquinhos Trad. Ele e ela constituíram a dupla que causou à cidade um dos maiores desastres gerenciais de sua história. Mas, para saber quais os reais motivos deste divórcio entre a prefeita e o povo, é aconselhável basear-se nos fatos comprovados.
As pesquisas de opinião pública sobre avaliação administrativa e as intenções de voto são meios eficazes e indiscutíveis para formar juízo. Já em 2023, há um ano, a amostragem da Rede Agora informava que Adriana era, naquele momento, a mais rejeitada: 19% dos eleitores disseram não votar nela de jeito nenhum. A pesquisa foi feita com 746 eleitores nos dias 19, 20, 21 e 22 de agosto, com margem de erro de 4% para mais ou para menos e com intervalo de confiança de 95%.
A sequência de alertas continuou com novos levantamentos. Entre 26 e 29 de agosto último o jornal “O Estado” divulgou a consulta do Instituto Ômega junto a mil eleitores, com margem de erro de 3,1%, para mais ou para menos e intervalo de confiança de 95%. A maior rejeição foi a de Adriane, com 17,49%. A segunda colocada, Rose Modesto, bem distante, teve 9,70%.
Tem mais: o Instituto Ranking Brasil Inteligência divulgou pesquisa feita entre 16 e 20 de agosto de 2024 com dois mil eleitores e constatou que a rejeição de Adriane, em 21%, foi a mais alta entre os concorrentes. É de 2,2% a margem de erro para mais ou para menos e confiabilidade em 95%.
Por fim, a consulta da Quaest com 852 eleitores ouvidos de 24 a 26 de agosto deste ano registrou também que o maior índice de rejeição eleitoral é de Adriane, com 27%, dentro do espaço de empate técnico com Rose Modesto (27%). A margem de erro é de 3 pontos percentuais e o índice de confiança 95%. O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o número MS-03495/2024 e divulgado pela TV Morena.
ESPELHO REVELADOR
Os números que colocam a prefeita de Campo Grande no ponto mais elevado da rejeição eleitoral refletem, acima de tudo, um sentimento popular que veio crescendo a partir das decepções com o período de poder iniciado por Marquinhos Trad no cargo titular e ela de vice-prefeita. O que era ruim piorou, a começar pela falta de firmeza e de autonomia no cargo, ao preservar na máquina um grande número de pessoas contratadas politicamente por Marquinhos.
De abril de 2022 até agora são 2 anos e quatro meses de completa e absoluta ausência de soluções para problemas cruciais. A capital que já foi um parâmetro de crescimento e bem-estar, tornou-se uma espécie de “muro das reclamações” da sociedade, insatisfeita com a precarização de serviços essenciais e atitudes suspeitas da gestão, que com folhas secretas, super salários a apaniguados e outras traquinagens afundou o município ainda mais no abismo da inanição financeira e na inadimplência.
Na desesperada tentativa de recuperar-se do estrago, a prefeita agora, em busca da reeleição, lança obras de afogadilho, promete erguer hospital suntuoso e obras urbanas espetaculares após quase dois anos e meio de total desligamento das prioridades verdadeiras da população. Mas deve estar confiante no imediatismo de obras eleitoreiras, na condescendência dos organismos de fiscalização e controle e na cumplicidade da maioria dos vereadores que faz o Legislativo lamber as botas do Executivo.
Adriane Lopes e Marquinhos Trad: a dupla dinâmica em busca da misericórdia das urnas.
