Focos de calor também cresceram consideravelmente.
O boletim informativo de incêndios florestais de Mato Grosso do Sul divulgado, nesta terça-feira (19), pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) e do Corpo de Bombeiros revela que houve aumento de 211% a área queimada no Pantanal neste ano, comparado o mesmo período de 1° de janeiro a 17 de dezembro de 2022.
Conforme o balanço, o número de focos de calor também sofreu elevação, saindo de 1.157 para 2.411, o que corresponde a um aumento de 108,4% no bioma pantaneiro. Em 2022, houve danos por queimada em 245.250 hectares, contra 764.475 neste ano.
O número é alarmante para áreas de preservação ambiental. As Unidades de Conservação no Pantanal e Cerrado tiveram aumento de 407,2% em hectares devastados pelo fogo. Na Rede Amolar o índice elava para 627,8% e 253,2% em Terras Indígenas. Os dados são do Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais) e Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Municípios pantaneiros concentram 92,5% dos focos de calor no Pantanal, liderando Corumbá (65,3%), Aquidauana (17,3) e Miranda (9,9%).
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O Cerrado ocupa o segundo lugar entre os biomas mais atingidos pelo fogo, com 30,8% de crescimento em áreas queimadas e 65,9% maiores focos de calor. A Mata Atlântica registrou aumento de 30% neste período.
Segundo o informativo, equipes do Corpo de Bombeiros atuaram nas áreas desde 17 de maio deste, com efetivo de 404 servidores nas ações de prevenção, preparação e combate aos incêndios florestais.
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Altas temperaturas continuam
Para os próximos três meses, há tendência de ocorrências de fogo em alguns municípios, apesar de maior probabilidade de menos danos na região do bolsão.
A previsão da probabilidade de fogo para o trimestre dezembro, janeiro e fevereiro mostra que a região norte do estado do Mato Grosso do Sul encontra-se no nível de alerta de “observação”. Já municípios das regiões sul, central e leste do estado encontram-se nos níveis entre “atenção” e “alerta”.