O intendente (Prefeito) Sebastião da Costa Lima, mais conhecido como “Coronel Sebastião Lima”, administrou Campo Grande no período de 19 de fevereiro de 1915 a 21 de junho de 1917 e ficou conhecido como o responsável por trazer a energia elétrica para a cidade.
Em 1915, a iluminação pública de Campo Grande era feita com lampiões públicos alimentados por querosene e as residências e estabelecimentos comerciais eram iluminadas com vela de sebo ou com lamparina alimentada com banha de peixe ou querosene, algumas tinham lampião a gás.
Os primeiros fios elétricos que vão distribuir energia foram instalados em 1916 na administração do Coronel Sebastião Lima, sendo que naquela época a energia ainda era motor movido a óleo diesel. A partir daí, Campo Grande começou a desenvolver uma política de incentivo para que as empresas e as famílias que tinham condições passassem a consumir energia elétrica, seja com eletrodomésticos da época ou iluminação.
Natural do município de Santana do Paranaíba, que depois virou apenas Paranaíba (MS), Sebastião Lima era oriundo de uma família de fazendeiros e políticos do Mato Grosso uno, proprietários das fazendas Estrela (no atual município de Ribas do Rio Pardo), Estrelinha (hoje Rancharia), Perdizes, Brilhante e Chacrona, além de muitos terrenos e uma casa comercial na Rua Barão do Melgaço, em Campo Grande.
Ele foi empossado com a patente de coronel da Guarda Nacional, na Presidência de Venceslau Brás, (1914-1918), sendo correligionário do senador Antônio Azeredo no Partido Republicano Constitucional. Em sua trajetória política, elegeu-se como vereador na Câmara de Campo Grande em três mandatos: de 1909 a 1911 (legislatura em que foi presidente da Câmara), de 1912 a 1914 e de 1918 a 1920 (quando ocupou o cargo de vice-presidente), além da intendência no biênio de 1915 a 1917.
Sebastião Lima foi o marco inicial, em um período que segue até 1930, de sua relativa hegemonia na política local. Durante seu mandato, registram-se algumas iniciativas para modernizar o equipamento urbano da cidade, como a chegada da primeira rede de energia elétrica, a criação do Instituto Pestalozzi, que mais tarde passaria a se chamar Ginásio Municipal de Campo Grande, a doação dos terrenos para construir a cadeia pública e a Santa Casa.
Além disso, foi na sua gestão que foi aprovada a Resolução que tornava área pública todos os terrenos que continham matas, todas as fontes e aguadas que ainda estejam devolutas e os terrenos necessários às estradas, à abertura de ruas, desde que tragam vantagens para o desenvolvimento e embelezamento da cidade.