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Celulose e milho turbinam exportações e MS fecha trimestre com alta de 5,29% na receita

por editor
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Mato Grosso do Sul registrou um incremento de 5,29% na receita com as exportações na comparação do primeiro trimestre de 2023 com o mesmo período do ano passado. O faturamento passou de US$ 1,931 bilhão para US$ 2,033 bilhões.

Dos três principais produtos exportados pelo estado neste ano, dois, a celulose (segundo) e o milho em grão (terceiro), contabilizaram aumentos expressivos no resultado financeiro das operações e ajudaram a alavancar o desempenho sul-mato-grossense. Em contrapartida, a soja (primeiro) sofreu uma retração de 37,69% (de US$ 812,605 milhões para US$ 506,357 milhões).

Da dupla que teve desempenho positivo, o cereal teve um incremento de 508,07%, saltando de sétimo para terceiro produto no ranking estadual (de US$ 55,865 milhões para US$ 339,702 milhões).

Já celulose se manteve estável como segundo principal item da pauta de exportações do estado e teve um crescimento de 11, 84% em receita (de US$ 343,316 milhões para US$ 383,976 milhões).

A celulose “Made in MS” foi exportada para 27 destinos entre janeiro e março deste ano. Do 1,113 milhão de toneladas que foi embarcada pelas empresas do estado, 58,36% teve como destino a China (639,768 mil toneladas), resultando em uma receita de US$ 215,928 milhões (56,23% do total da venda do produto).

O país asiático é o principal parceiro comercial de Mato Grosso do Sul (35,27% da receita total com as exportações de todos os produtos) e o maior comprador da celulose do estado.

Logística

Novo terminal que a Eldorado constrói em Santos para escoamento da produção feita em MS está praticamente pronto — Foto: Eldorado/Divulgação

Novo terminal que a Eldorado constrói em Santos para escoamento da produção feita em MS está praticamente pronto — Foto: Eldorado/Divulgação

Atenta ao crescimento das exportações do produto, uma das principais empresas do setor instaladas no estado, a Eldorado, que tem fábrica em Três Lagoas, investe R$ 500 milhões na construção de um novo terminal de escoamento, em Santos (SP).

“O Eblog já está com a infraestrutura pronta. Falta apenas a ligação de energia, que vai ocorrer nos próximos 10 dias e o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCD). Depois poderemos dar entrada nas certificações da Receita e da Polícia Federal, o que deve demorar uns três meses. A previsão é que entre junho e julho tenhamos produto sendo escoado pelo local”, explica o gerente-geral de logística da empresa, Flávio da Rocha Costa.

Ele explica que o novo terminal terá 52 mil metros capacidades (cinco vezes o tamanho da atual estrutura da empresa no porto), capacidade para armazenar até 150 mil toneladas de celulose e de expedição de 3 milhões de toneladas anuais (três vezes mais que hoje).

Flávio Rocha diz que além de caminhões, a estrutura poderá receber ainda uma composição com até 72 vagões, possibilitando que a companhia amplie o leque de alternativas logísticas, viabilizando, por exemplo, o uso da malha da Ferronorte, por meio do seu terminal intermodal em Aparecida do Taboado.

“Outra alternativa é utilizar o Terminal de Uso Privado (TUP) que temos na fábrica em Três Lagoas e embarcarmos a celulose pela hidrovia do Paraná-Tietê até Pederneiras, em São Paulo, de onde a carga seguirá em composições da MRS até Santos”, explica.

O gerente de Logística destaca que o terminal deverá ser um dos mais modernos da América Latina e que entre os diferenciais está um sistema de pórticos que fará o descarregamento de até quatro vagões simultaneamente. Essa estrutura conta com uma sala de controle dedicada.

Além disso, aponta que toda a logística de transporte da empresa, da fábrica ao porto foi integrada. “Se a carga vier de caminhão, por exemplo, quando chegar ao porto, o motorista não vai nem precisar descer do veículo. Ao chegar na porta do terminal, a placa será escaneada e a cancela vai abrir automaticamente, se estiver no horário previsto para a chegada. Dai ele vai ser encaminhado para onde tem que descarregar essa carga, conforme o navio em que ela será embarcada”.

Com o novo terminal a projeção da companhia é de um ganho de produtividade de 50% nas operações portuárias, o que possibilitará concomitantemente o recebimento de cargas da indústria e o embarque nos navios

G1

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