Em Mato Grosso do Sul, 47.470 candidatos de diferentes raças, gêneros e níveis de escolaridade se inscreveram no exame.
Porta de entrada para o Ensino Superior, desde 1998, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica e democratiza o acesso aos cursos de graduação em universidades públicas e particulares do país. Neste ano, mais de 3,9 milhões de pessoas se inscreveram em todo o país.A partir da nota do Enem é possível concorrer a vagas em programas do MEC (Ministério da Educação), como o Sisu (Sistema de Seleção Unificada), ProUni (Programa Universidade para Todos) e Fies (Fundo de Financiamento Estudantil).Em Mato Grosso do Sul, 47.470 pessoas se inscreveram no exame. Desse total, 29.035 inscritos se identificam pelo gênero feminino, ou seja, 61,28% do total, enquanto e 18.435 pelo masculino, cerca de 38% dos candidatos.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é considerada preta a pessoa de ancestralidade africana, desde que se autodeclare assim. A identificação é feita com base de características fenotípicas, isto é, os aspectos visíveis da aparência de uma pessoa e também pela sua ascendência (pais e avós).Indígenas representam apenas 2% dos candidatosApesar de Mato Grosso do Sul concentrar a terceira maior população indígena do Brasil, com 116,3 mil pessoas, conforme o censo do IBGE, o número de candidatos autodeclarados com essa etnia é o 6º maior dentre os estados, com 1.245 indígenas inscritos, o que corresponde a 2,36% do total.Desde 2012, a Lei de Cotas determina que candidatos PPI (Pretos, Pardos e Indígenas) podem concorrer a vagas exclusivas em instituições de ensino superiores públicas desde que tenham estudado os três anos do ensino médio na rede pública.
No percentual de vagas reservadas, 50% é para estudantes com renda familiar de 1,5 salário mínimo por pessoa e a outra metade com renda maior que esse valor. Em cada faixa de renda, há vagas para candidatos autodeclarados PPI. Essas oportunidades entram na categoria de cotas raciais. Em 2017, PcDs (Pessoas com Deficiência) passaram a fazer parte das vagas destinadas à Lei de Cotas.