Trabalhos são apresentados na tradicional feira, na Cidade Universitária.
Completando sete anos de tradição, o Integra UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) apresenta mais de 1,8 mil trabalhados sustentáveis para cidades e soluções inteligentes, apresentado por alunos em diversas áreas da ciência, tecnologia, inovação e empreendedorismo, a partir desta segunda-feira (21).
Segundo a organização, além das apresentações dos trabalhos aprovados, uma programação especial foi preparada com palestras presenciais e online, oficinas e visitas técnicas aos laboratórios e espaços de ensino e pesquisa da UFMS. Todas as atividades são gratuitas, abertas à comunidade, e os interessados podem se inscrever no site do evento.
Nesta edição, os stands são divididos por ruas, que receberam nomes de físicos, químicos e pesquisadores importantes na história, por exemplo, Rua Darwin, Bill Gates, Katherine Johnson, Santos Dumont, Hannah Arendt e Marie Curie.
Aos 16 anos, Eduardo Wenz Garcia, apresenta o projeto que iniciou na escola, através de uma feira científica. O professor foi o grande incentivador para expandir o trabalho para uma feira universitária. O tema eleva os impactos climáticos em Campo Grande e como pode afetar os bairros.
“Nosso projeto visa avisar as autoridades sobre possíveis enchentes, secas, calores extremos. Estamos desenvolvendo desde abril. Tivemos um ótimo feedback na nossa feira interna, espero que aqui também tenha um ótimo desenvolvimento”.
O aluno criou uma maquete ilustrativa, com os bairros e todas as estruturas características, por exemplo, calçada, asfalto e casas. Também há divisão de vias com ou sem asfalto, ou calçadas.
“Na maquete temos um bairro arborizado, um bairro com calçadas, um bairro onde está preparado para receber possíveis enchentes, possíveis calores extremos, onde temos casas adaptadas para futuras temperaturas altas. Já nesse bairro, a gente tem um bairro onde não tem uma infraestrutura boa, as casas não estão preparadas, podemos ver pelos telhados, e não tem árvores, não tem o preparo para futuras catástrofes que podem acontecer na cidade”, detalha.
Beatriz Natália, de 16 anos, apresenta a solução com o biopapel, utilizando uma sacola sustentável feita da folha seca da árvore, como um tipo de redução do plástico.
“Nossa sacola serve para substituir a sacola plástica de uma maneira mais orgânica, que consiga ajudar o meio ambiente. Para explicar o desenvolvimento do projeto, trouxemos alguns modelos das fases dela, como ela verde, ‘de vez’ e seca. Temos os moldes que foram feitos com a folha do oiti triturada. Passamos a fazer o molde delas até chegar no resultado que apresentamos. Tudo nela é feito a mão”.
A aluno salienta que o grupo criou a ideia inicial e passou a reforçar pesquisas. “Foi uma coisa que a gente buscou, fomos atrás para fazer, proposta de renovação para apresentar uma coisa mais diferenciada. A ideia é que as pessoas tirem a sacola plástica de circulação”.
São um ano e cinco meses de estudos até chegar na criação da sacola orgânica, inovando com a utilização da folha de oiti. “Tem bastante na nossa região, nunca foi procurada para fazer com outras. A gente escolheu fazer com essa por nunca ter sido usada”.
Integra UFMS 2024
A abertura na segunda-feira terá a participação da diretora de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Juana Nunes Pereira, que irá ministrar a palestra Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica.
A solenidade será a partir das 18h, no Teatro Glauce Rocha. O evento segue até a sexta-feira (25). Clique aqui para conferir o cronograma.
Feira tem stands divididos (Madu Livramento, Midiamax)